terça-feira, 27 de abril de 2010

Por dentro de cada um



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Por dentro de cada um

Por dentro de cada um
Existe um mundo
Diferentes para alguns
Para outros escuro e profundo.

Por dentro de cada um
Há uma beleza que não aflora
Um imenso senso comum
Uma luz que chega e vai embora.

Por dentro de cada um
Há um caminho a pecorrer
Um sentimento incomum
Um desejo de conquistar e ter.

Por dentro de cada um
Há uma beleza onde mora
Um ser puro e comum
Que deseja sair pelo jardim afora.

Por dentro de cada um
Há um vazio, uma solidão
Caminhos que vão a lugar algum
Desejos que vem e se vão.

Por dentro de cada um
Há um ser que ainda mora
Numa cidade em jejum,
Quer um amor sem demora.

Betânia Uchôa

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Chamando o outono

Chamando o outono


Já demos adeus aos dias de verão
O dia se fez fresco e mais ameno
E pelas folhas jogadas pelo chão

O tempo do outono chega sereno.

Essa estação nos leva a fantasia
O vento vem forte e com nobreza;
O chão vira um tapete ao fim do dia,
Na mente um pouco dessa pureza.

Mas em mim o outono é singelo,
A beleza se ver em sua cor e frescor;
É um cenário dos mais belos:

Até a chuva descerá em gotas e cor.
E enquanto eu espero para ver,
Meus versos serão pétalas ao nascer.

Betânia Uchôa

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O que me assusta


O que me assusta

é não acreditar nos sonhos
deixando a realidade tão crua
fazendo o dia, um dia tristonho...

O que me assusta,
é não ver mais as estrelas
ver sempre o céu nublado, sem vê-las
sem o brilho na noite, não tê-las...

O que me assusta,
é deixar de ver a aurora chegando
sentir a tristeza do mundo
E não ter força para manda-la embora...

O que me assusta,
É a completa falta de esperança
não ver o riso chegando
não ver mais crianças brincando...

O que me assusta,
É ver o homem contra a natureza,
E do amanhã não ter mais certeza,
É ver a natureza, agora contra o homem...

Betânia Uchôa