Confissões de um viajante
Vem, conta-me de tuas idas
Em que a solidão foi tua companhia,
Da noite que muda, de acordo com a tua direção.
Vem, conta-me de tuas vontades
Em que um breve desejo, mudou sua história
Do acordar em terras distantes, sem nome, sem cor.
Vem, conta-me de teus medos
Em que o desespero já tomou conta de teu ser
Do sentimento de esperança que nesta hora o confortou.
Vem, conta-me de teus pensamentos
Que correram soltos, livres, eram pássaros
Do sentimento de liberdade, do novo, do conhecimento.
Vem, conta-me de teus amores
E foram tantos, dentro de tua breve vida,
Dessa vida compartilhada, mas livre para seguir.
Vem, conta-me simplesmente de ti,
O porquê de tua chegada, e quando será tua partida
E desse sentimento, agora tão tarde, querendo acolhida.
Vem, conta-me de teu coração,
Ainda é um ator, um errante, um fingidor?
E desse ar maltrato, de várias vidas, todas elas sem amor.
Vem, conta-me...
Betânia Uchôa
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